segunda-feira, 19 de abril de 2010

- A (obrigação) de prender a ser responsável


São adolescentes e algumas delas irreverentes. Vivem cedo demais algumas emoções e passam por experiências muito antes do tempo. Algumas não estão preparadas para ser mães e quando recebem a notícia de que estão grávidas, já é tarde demais, não há nada a fazer. De inicio chegam a esconder a gravidez dos pais e nem sempre são apoiadas. Uma verdadeira montanha russa de emoções que afecta toda a estrutura família.
Com a evolução da informação, as consultas de planeamento familiar à disposição das adolescentes em qualquer Centro de Saúde e o avanço da Medicina, pode pensar-se que não se justifica uma gravidez em idades precoces excepto os casos em que as raparigas são violadas. No entanto, a adolescência é mesmo isto: uma fase em que os jovens querem experimentar tudo cada vez mais cedo e os namoros acontecem naturalmente e sem grandes preocupações no que irá acontecer no futuro. “A minha filha vive tudo num dia como se o mundo acabasse amanhã”. Eis uma das frases mais utilizadas pelos pais que nem sempre conseguem compreender alguns dos comportamentos dos seus filhos. A rebeldia a juntar-se à curiosidade em vivenciar a sexualidade o quanto antes, pode traduzir-se em gravidezes muito precoces. Assim, temos algumas adolescentes que nem sempre se encontram preparadas para enfrentar a responsabilidade de serem mães. Alguns rapazes, sobretudo os mais imaturos, quando recebem a notícia, não querem acreditar, questionam se o filho é deles ou pura e simplesmente, não assumem a paternidade. Esta pode não ser a regra generalizada mas é uma das principais consequências negativas da gravidez na adolescência. Assim, as namoradas ficam sozinhas com um problema em mãos e nem sempre são apoiadas pelos familiares.
Bárbara